Hábitos saudáveis e de vida em Goiás gerou um inquérito que contribui para identificar fatores de risco para doenças crônicas
Um inquérito em Goiás contribui para identificar fatores de risco para a saúde, como para doenças crônicas não transmissíveis, diabetes, hipertensão e obesidade, responsáveis por 41% das mortes de pessoas abaixo de 60 anos no Brasil.
Hábitos saudáveis e de vida em Goiás
Os hábitos saudáveis e de vida em Goiás vão definir estratégias para o diagnóstico e vigilância. Assim como ajudar no desenvolvimento de políticas públicas de saúde. Além disso, a participação é voluntária e inclui cidades das cinco macrorregiões do Estado.
Inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)
O primeiro Inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) será realizado até o dia 30 de abril, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Este é um trabalho inédito entre os estados brasileiros.
A pesquisa é feita por telefone fixo ou celular, e tem o objetivo de conhecer a realidade da população goiana. Além de avançar na melhoria das políticas públicas de saúde. De acordo com Magna Carvalho, gerente de Vigilância Epidemiológica de Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde da SES-GO:
“Responder a pesquisa não é obrigatório, mas é importante a participação de todos que forem abordados. As doenças crônicas não transmissíveis causam 41% das mortes de pessoas abaixo de 60 anos no nosso País.”
Ela ainda complementou que a partir desses resultados, o estado poderá definir estratégias para diagnóstico e vigilância desses fatores, “desenvolvendo políticas públicas de saúde condizentes com eles, e de maneira regionalizada”. A análise vai considerar os determinantes sociais, econômicos, comportamentais e políticos, o que contribui para subsidiar estratégias de promoção da saúde.
Goiás será o primeiro no País a realizar esse trabalho em todo o território estadual. Até então, somente o Ministério da Saúde (MS) desenvolvia algo parecido, a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), desde 2006. Entretanto, o levantamento era utilizado apenas nas capitais e no Distrito Federal, o que impossibilitava uma avaliação ampla das diferentes realidades estaduais.
Vigilância de riscos
Entretanto, há pesquisas que indicam que os fatores de risco das doenças crônicas estão em ascensão no mundo todo. Porém, Magna pondera que as DCNTs representam um dos problemas mais graves de saúde pública de modo global.
“Globalmente, estima-se que esse grupo de enfermidades é responsável por 70% das mortes, sendo que mais da metade delas ocorre nos países de baixa e média renda.”
Os estudos sobre o tema comprovam a forte relação que as doenças mantêm com fatores de risco modificáveis, como obesidade, sedentarismo, tabagismo e dietas inadequadas: com excesso de gorduras saturadas e consumo insuficiente de frutas e hortaliças, por exemplo.
Segurança
Na fase de entrevistas, os pesquisadores não farão perguntas sobre RG, CPF e dados bancários. Os participantes serão questionados sobre idade, sexo, escolaridade, estado civil, raça/cor e renda (não obrigatório). Eles são dados metodológicos do levantamento para que os resultados reflitam a distribuição sociodemográfica da população total.
Participação voluntária
A participação é voluntária e inclui cidades das cinco macrorregiões do Estado. Para integrar a pesquisa, é preciso ser maior de 18 anos e responder a entrevista informando: nome, onde reside, quais hábitos alimentares e exames preventivos já realizou. E também mencionar sobre prática de exercícios físicos, tabagismo e uso de álcool.
Dúvidas
Para quem tiver dúvida ou desconfiar da veracidade do contato pela SES-GO, o cidadão poderá ligar para (62) 3201-3973, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e para (62) 3287-2778, aos sábados, domingos e feriados.
*Foto: Divulgação