Vacina contra chikungunya terá voluntários adolescentes entre 12 e 17 anos de idade
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, que fica em São Paulo, está recrutando voluntários adolescentes, de 12 a 17 anos de idade, para participar dos testes da primeira vacina contra a chikungunya. O imunizante já se provou seguro e eficiente em pesquisa feita nos Estados Unidos com 4.115 adultos. Agora está em fase final de aprovação no órgão regulador norte-americano.
Vacina contra chikungunya
Além disso, no Brasil, o estudo, encabeçado pelo Instituto Butantan, está recrutando 750 adolescentes em dez centros de pesquisa. No estado paulista, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas é o responsável pelos testes. Eles começaram a ser feitos em uma parcela dos adolescentes participantes, no início do ano.
De acordo com a infectologista e pesquisadora do Instituto de Infectologia Emílio Ribas Ana Paula Veiga, coordenadora principal dos testes em São Paulo:
“A vacina é segura, e é uma dose única. Ela é muito importante porque ela combate uma doença que pode ter manifestações sistêmicas, como febre, muita dor no corpo, dor nas juntas, e casos mais graves, no caso de encefalite e até óbito. A vacina se mostrou segura nos adultos e, até o momento, nos adolescentes vacinados no Brasil, tem se mostrado segura.”
A infectologista disse ainda que o Instituto possui larga experiência e que realizaram parte do estudo da vacina CoronaVac, junto ao Butantan. Foram diversos voluntários. Portanto, trata-se de uma equipe muito experiente “em relação à pesquisa clínica, que vai dar suporte para o voluntário e para sua família”.
Como participar da pesquisa
Quem quiser participar da pesquisa, deverá realizar o cadastro no formulário do instituto ou entrar em contato com o Centro de Pesquisa pelo número 11 9 1026 6996 (Whatsapp) ou 11 3896 1302 (telefone). Outras informações sobre a vacina estão disponíveis no site do estudo do Butantan.
Entretanto, para participar dos testes é obrigatória a autorização dos pais ou responsáveis. Já na primeira visita presencial, tanto o adolescente quanto os acompanhantes adultos terão que assinar um termo de consentimento. O documento traz todas as regras do estudo. E é também nesta primeira fase que são feitas consultas médicas e exames laboratoriais para se constatar que o voluntário está apto a participar do estudo.
Próximas etapas
Nas etapas seguintes, o voluntário receberá a dose da vacina, que pode ser de imunizante ou de placebo. Sendo assim, o jovem passará a ser monitorado pela equipe multidisciplinar da Unidade de Pesquisa especialmente por meio de visitas presenciais à unidade e por conversas pelo WhatsApp. Além disso, um médico do estudo estará disponível 24 horas por dia, por telefone, para tirar dúvidas ou apoiar com atendimentos de qualquer eventual emergência. Caso o participante apresente algum evento adverso, ele poderá receber atendimento no Emílio Ribas.
Contudo, atualmente, não há vacinas disponíveis contra a chikungunya. A doença é causada por vírus transmitido por mosquitos, como Aedes aegypti, o mesmo que causa a dengue.
*Foto: Reprodução