Colina no tratamento do Alzheimer pode ser um nutriente essencial para o funcionamento do cérebro
A doença de Alzheimer é amplamente estudada em todo o mundo. Portanto, sempre surge alguma nova pesquisa em relação a esta enfermidade que atinge e muito as pessoas idosas. Um desses recentes estudos vem da Universidade de Queensland, na Austrália, que investiga um nutriente essencial, a colina. Neste artigo, você entenderá mais sobre seu funcionamento no cérebro humano.
Colina no tratamento do Alzheimer
Vale dizer que a ciência já sabia da importância desse nutriente, mas ainda faltava descobrir como essa molécula chegava até o tecido cerebral. A partir do estudo, o uso da colina no tratamento do Alzheimer diz respeito à resposta da proteína FLVCR2, que transporta a colina quase sem ser percebida.
Agora, o estudo precisa compreender os processos biológicos para a produção de um possível medicamento capaz de retardar ou até mesmo tratar distúrbios neurológicos, afirma uma das autoras do estudo, Rosemary Cater.
Outros tratamentos
É preciso destacar também que, atualmente, há outros tratamentos contra o Alzheimer já em funcionamento em outras partes do mundo. E um deles merece destaque. Trata-se da técnica de Indução de Proteínas de Choque Térmico. Desenvolvida pelo médico brasileiro Marc Abreu, o procedimento é capaz de tratar não só o Alzheimer, como também o Parkinson e a Esclerose Múltipla.
O que é colina?
A colina é um nutriente similar a uma vitamina que age em muitas funções importantes do corpo, principalmente para o desenvolvimento do cérebro. A molécula também pode ajudar na regeneração celular, na regulação da exoressão gênica e sinalização nervosa.
O nutriente também é importante para o bom funcionamento dos músculos, do fígado e do coração. Mas, para que tudo funcione perfeitamente é preciso consumir entre 400 e 500 mg de colina por dia. Ela é absorvida através da alimentação, e também por dietas saudáveis. Ou seja, não há necessidade de suplementação, uma vez que a colina está presente em diversos alimentos, tais como: carne, feijão, ovos, vegetais e ovos.
Como a colina chega ao cérebro?
Como já dito acima, o estudo precisou desvendar primeiro como o nutriente chega ao cérebro, superando a barreira hematoencefálica. Trata-se de uma espécie de parede que filtra o sangue e impede a entrada de elementos tóxicos no órgão, incluindo vírus.
Contudo, a barreira contém máquinas celulares especializadas – os transportadores – que possibilitam a entrada de nutrientes específicos, como: glicose, ácidos graxos, como ômega-3, e colina.
Neste caso, os cientistas conseguiram analisar exatamente como a colina se conecta à proteína FLVCR2 e assim chegar ao cérebro. Para isso, a equipe utilizou a microscopia crioeletrônica. Em suma, a colina se esconde em uma cavidade da proteína e só é revelada após a transposição da barreira.
Remédio contra Alzheimer
Os medicamentos já existentes no mercado que pode auxiliar de algum modo a retardar os sintomas do Alzheimer, a maioria enfrenta a barreira hematoencefálica. Portanto, não podem ser usados de modo eficaz no tratamento de distúrbios neurológicos.
Agora, a partir das novas descobertas, publicadas da revista Nature, os cientistas apostam ser possível desenvolver medicamentos que simulem a estrutura da colina e que consigam chegar ao cérebro. O próximo passo é tirar o projeto do papel e dar início a uma nova era no campo das terapias contra a doença de Alzheimer.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/vista-traseira-de-uma-mulher-senior-de-sessenta-anos-de-idade-com-cabelos-grisalhos-segurando-uma-caneca-para-lavar-o-remedio-para-dormir-sofrendo-de-insonia-idosa-aposentada-tomando-remedio-com-agua-sentada-no-quarto_11200045.htm#fromView=search&page=1&position=0&uuid=a3aa1481-4b84-48d8-87bb-ea1b1ca0e7bb