Investimentos públicos na educação correspondem a 90% das respostas de uma pesquisa da Deloitte, que ouviu 400 mil companhias no país
Recentemente, uma pesquisa da Deloitte chegou à conclusão que para 78% das empresas no Brasil, a educação deveria ser o principal foco de investimento do setor público, dentre 16 prioridades. O levantamento contou com a participação de 411 companhias, que juntas somaram uma receita R$ 10,9 trilhões em 2023.
Investimentos públicos na educação
Por enquanto, o sistema educacional como um todo ainda não conseguiu acompanhar a rápida evolução das demandas do mercado de trabalho. Sendo assim, as empresas acabam por assumir um papel que deveria vir setor de educação em relação à formação e qualificação de profissionais e, portanto, investimentos públicos nesta área são essenciais, afirma o líder de Ecossistemas e Alianças da Deloitte.
Demais prioridades
Em seguida, o estudo indica que, em segundo lugar, para 73%, está redução de gastos e, em terceiro, para 51%, devem ser priorizadas políticas de promoção ao desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas. Na sequência, aparecem os investimentos em saúde (50%), em segurança (48%), e políticas de promoção à indústria tecnológica (47%).
Escassez de profissionais qualificados
Por sua vez, 55% acreditam que a contratação de profissionais qualificados é um dos maiores desafios de negócios neste ano. Isso porque há uma escassez dessa mão de obra.
E isso acontece por uma série de fatores, como:
- a rápida evolução tecnológica, mas que requer habilidades específicas;
- falta de alinhamento entre educação e mercado de trabalho;
- falta de investimento em capacitação e desenvolvimento;
- desafios de retenção de profissionais;
- e escassez em áreas específicas, como tecnologia, saúde ou engenharia.
Por outro lado, ainda existe a necessidade de profissionais capacitados no curto e médio prazo. Por isso, mais de 90% dos empresários planejam expandir ou criar treinamentos para qualificação de seus profissionais. Paralelamente, 89% destinarão recursos para qualificação tecnológica. Desse valor, 63% querem direcionar investimentos para áreas de negócios além das relacionadas à tecnologia da informação.
Melhora da produtividade
Agora, a expectativa é de que esses investimentos melhorem a produtividade, inovação e vantagem competitiva, além de promover um ambiente de trabalho mais engajado. Portanto, tais aportes devem ser contínuos e estratégicos para acompanhar a rápida evolução tecnológica e das demandas do mercado.
Por fim, no levantamento, 90% das respostas vieram do nível executivo das companhias, com respostas coletadas entre 26 de fevereiro e 25 de abril deste ano.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/cofrinho-em-cima-de-livros_20987521.htm#fromView=search&page=1&position=4&uuid=0232456c-deb3-4da5-81ad-d89317bffb56