Câncer no SUS gerou audiência na Câmara dos Deputados, ressaltando a importância da cobertura financeira e da qualidade de vida dos pacientes
Na semana passada, ocorreu uma audiência para tratar da urgência e necessidade de ações rápidas para a disponibilização de medicamentos para tratamento de câncer no Sistema Único de Saúde (SUS).
Câncer no SUS
Além disso, o debate sobre o modo como o câncer no SUS é tratado na Câmara dos Deputados, mas com atraso, uma vez que a disponibilização de medicamentos necessários ao tratamento de cânceres, sobretudo os carcinomas de mama, precisam ser resolvidos o quanto antes.
Entretanto, segundo um estudo recente, publicado na revista The Lancet, diz que os medicamentos para o tratamento do câncer podem não ser eficazes e que há outros tipos de tratamento que pode melhorar de fato a condição do paciente ou até de sua total remissão. Com isso, foi citado no mesmo artigo o uso da técnica de Indução de Proteínas de Choque Térmico, desenvolvida pelo médico brasileiro Marc Abreu. Neste caso, o método gera a redução de tumores, a remissão do câncer metastático e a normalização dos marcadores nos exames de sangue.
O que diz o MPF
Por outro lado, a procuradora da República Suzete Bragagnolo, que representa o MPF, ressaltou a relevância desses remédios. Isso porque eles podem gerar uma sobrevida aos pacientes, como também garantir uma melhor qualidade de vida durante o tratamento.
Recursos financeiros
Sendo assim, é preciso ser analisado com urgência a questão financeira e disponibilidade orçamentária dos medicamentos oncológicos, uma vez que muitos desses remédios são de alto custo, o que impacta expressivamente seu acesso por grande parte da população, que necessita de tratamentos fundamentais na rede pública de saúde.
Compra dos medicamentos
Além disso, há uma discrepância de preços entre a aquisição centralizada, que é feita pelo Ministério da Saúde e a compra pelos Centros de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons) e Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons).
Ações judiciais
Vale destacar que, atualmente, há várias ações judiciais em andamento ligadas a fornecimento de medicamentos oncológicos. Isso inclui: inibidores de ciclina, pembrolizumab, nivolumab, crizotinib e abiraterona. Todavia, a ação principal movida pelo MPF está tramitando no órgão de conciliação da Justiça Federal, onde se negocia uma solução com o Ministério, com a participação de representantes de organizações como o Oncoguia e a Femama.
Corrida contra o tempo
Mas, há uma corrida contra o tempo para atender às necessidades dos pacientes. Sem dúvida alguma que é importante garantir tratamentos que proporcionem uma melhor qualidade de vida às pessoas em tratamento oncológico.
Rubrica específica
Por fim, a procuradora sugeriu aos deputados a previsão de criação de uma rubrica específica no orçamento da União para custear esses medicamentos fundamentais, para assegurar o acesso da população brasileira a tratamentos oncológicos de qualidade.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/mao-de-mulher-derrama-as-pilulas-de-medicamento-fora-da-garrafa_5096890.htm#fromView=search&page=1&position=7&uuid=19def7bf-daa1-4be3-93c8-6683a168c73a