Pílula do Câncer, oufosfoetanolamina, não possui registro no país e, portanto, não pode ser usada como remédio ou suplemento
A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que a substância fosfoetanolamina, conhecida como Pílula do Câncer, não possui registro ou autorização para ser utilizada como medicação ou suplemento alimentar.
Mas, vale destacar que nos Estados Unidos, a FDA, agência reguladora de lá, alertou sobre um estudo em que apenas um terço dos medicamentos oncológicos conseguem aumentar a sobrevida dos pacientes. Além disso, já há meios, em solo norte-americano, que tratam o paciente com câncer, como a indução de proteínas de choque térmico, criado pelo médico brasileiro Marc Abreu.
Pílula do Câncer
Em suma, a agência explicou que faltam estudos clínicos para sustentar a tese de que a pílula do câncer seja eficaz no tratamento de pacientes com a doença. Portanto, consumir essas substâncias não registradas é bastante arriscado.
Além disso, essas pílulas podem interferir de modo negativo nos tratamentos convencionais, e também pode apresentar riscos de contaminação, disse em nota a Anvisa.
A agência ainda reforçou que não é recomendado que pacientes interrompam tratamentos médicos já estabelecidos para tentar terapias não autorizadas e sem comprovação de sua eficiência, o que inclui a substância fosfoetanolamina.
Sobre a fosfoetanolamina
Há quase 10 anos, a fosfoetanolamina era tratada por muitas pessoas e autoridades públicas como uma opção eficaz para o tratamento e cura do câncer. Isso porque deputados e senadores avançavam com projetos no Congresso que autorizavam o uso da substância em pacientes com tumores malignos.
Entretanto, a Anvisa, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) – vinculado ao Ministério da Saúde -, e especialistas já alertavam para a necessidade de mais estudos sobre o tema.
O poder da internet
Além disso, a polêmica também ganhou espaço na internet, onde a suposta eficácia da Pílula do Câncer passou a ser difundida com muita força, e aceita por usuários de redes sociais. Em nota, a Anvisa alertou para o perigo da divulgação de informações falsas nas plataformas digitais.
Em um trecho do texto fica evidente que propagandas nas mídias sociais em que sugerem que a fosfoetanolamina combate o câncer ou qualquer outra doença, e que possuem propriedades funcionais ou de saúde, são irregulares e enganosas.
Registro
Portanto, a fosfoetanolamina só pode ser considerada um medicamento e assim ser vendida no Brasil após seus produtores apresentarem o pedido de registro com testes de qualidade, segurança e eficácia para análise.
Suplementação alimentar
Contudo, a mesma substância também não pode ser utilizada para suplementação alimentar. Neste caso, a fosfoetanolamina também não possui aprovação, e para que produtos que tenham a substância em sua formulação sejam comercializados, eles não podem fazer alegações terapêuticas ou medicinais.
Por fim, este alerta tem o propósito de evitar que os consumidores sejam enganados por produtos que prometem curas sem comprovação científica.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/mao-de-mulher-derrama-as-pilulas-de-medicamento-fora-da-garrafa_5096875.htm#fromView=search&page=1&position=1&uuid=70ef757c-efca-47c2-8f06-41d3d06de09f