Um estudo organizado pela Abrainc sobre o mercado imobiliário de alto padrão revelou que o segmento representa 28% do VGV de São Paulo
O cenário atual favorece os profissionais que desejam se especializar na venda de imóveis de luxo. Um estudo, organizado pela Associação Brasileira de Incorporações Imobiliárias (Abrainc) e baseado em informações do GeoBrain, identificou um aumento de 8% no preço do m² de propriedades de propriedades de alto padrão em São Paulo.
Esse segmento, que representa 28% do Valor Geral de Vendas (VGV) da capital paulista, corresponde a um valor expressivo de R$ 10 bilhões em lançamentos. De acordo com especialistas, o crescimento reflete o cenário global de incertezas e a busca de investidores por ativos que proporcionem estabilidade econômica.
Mohamad Kassem Najm, corretor de imóveis, destaca que, para aproveitar esse desenvolvimento, os profissionais precisam dominar o mercado imobiliário e adquirir um conhecimento profundo sobre as tendências de design, arquitetura e estilo de vida para atender um público cada vez mais exigente.
O que é um imóvel de luxo?
Imóveis de luxo se destacam por sua construção de qualidade superior, localização privilegiada e acabamentos refinados. Em geral, eles se encontram em áreas nobres ou valorizadas, como bairros tradicionais e próximos a serviços essenciais e opções de lazer.
A Abrainc considera imóveis de luxo, propriedades avaliadas em até R$ 1,5 milhão; os imóveis de alto luxo ficam entre R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões, enquanto valores acima disso classificam os imóveis como de superluxo. Embora anteriormente essas propriedades tivessem essas definições baseadas nas metragens amplas, especialistas já apontam novas tendências para o setor.
Tendências do setor de imóveis de luxo
Com o crescimento nas compras de imóveis de luxo, especialmente por um público mais jovem, a metragem deixou de ser um fator decisivo. Agora, compradores e especialistas se concentram na qualidade da localização e nos elementos de sustentabilidade presentes nos projetos.
Além disso, a valorização das áreas de lazer tornou-se uma tendência. Após a pandemia, os compradores buscam projetos e profissionais que demonstrem maior preocupação com o bem-estar e a saúde dos moradores.
Para os próximos anos, os especialistas também preveem a ascensão das branded residences, que são imóveis residenciais com a marca de uma empresa de renome, geralmente do setor de hotelaria de luxo ou de grifes internacionais.
Esses empreendimentos oferecem aos proprietários um estilo de vida exclusivo e serviços de alto padrão, similares aos oferecidos por hotéis cinco estrelas, incluindo concierge, serviço de quarto, academia, spa e áreas de lazer sofisticadas. O modelo tem previsão de crescimento de 12% ao ano até 2026.
Números do mercado no Brasil
O crescimento do mercado de imóveis de luxo vai além das grandes metrópoles e se estende a outras regiões do Brasil. No início do ano, um levantamento da consultoria Brain apontou um cenário positivo em todo o país: as vendas de propriedades de alto padrão aumentaram 32,9% em 2023, atingindo um VGV de R$ 35 bilhões.
Ainda segundo a pesquisa, o preço médio dos imóveis de luxo no Centro-Oeste também registrou valorização. Contudo, o Sudeste permanece como a região mais cara do Brasil, com valores médios de R$ 3,4 milhões.
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