Índice de Desempenho Ambiental corresponde ao ranking das universidades Columbia e Yale, em relação aos países que melhoram a saúde do meio ambiente, além de avançarem na proteção dos ecossistemas e amenizarem alterações climáticas
Neste mês, foi publicado o ranking do Índice de Desempenho Ambiental, e o Brasil ficou em 81º lugar. Além disso, o país é o quarto pior do mundo em reciclagem e o nono em emissão de gases do efeito estufa. Contudo, o território nacional enfrenta ainda outros desafios ligados ao meio ambiente, conforme o ranking desenvolvido por pesquisadores das universidades norte-americanas Columbia e Yale.
Índice de Desempenho Ambiental
Hoje, o Índice de Desempenho Ambiental considera 40 indicadores que mostram como os países estão melhorando a saúde de seu meio ambiente. E se estão em avanço na proteção de seus ecossistemas e se tornam menos intensas as alterações climáticas.
Categorias
Já entre as categorias em análise pelos cientistas das universidades norte-americanas, estão: a preservação das florestas, reciclagem, emissão de gases que agravam o efeito estufa e a poluição dos oceanos.
Neste caso, os dois países aprovados com louvor foram Dinamarca e Reino Unido. Os dinamarqueses lideraram o ranking pelo investimento em energias renováveis e o compromisso de cortar 70% das emissões de gases poluentes até 2030. Já o Reino Unido reduziu o uso do carvão como fonte de energia e rendeu um honroso segundo lugar.
Maiores poluidores
Em contrapartida, os Estados Unidos ficou em segundo lugar como o maior poluidor do planeta, em 43º lugar. De acordo com o estudo, ainda há um efeito da política ambiental do ex-presidente Donald Trump, que reverteu medidas de proteção ao meio ambiente implementadas pelo governo de Barack Obama.
No caso do Brasil, o país ultrapassa os EUA e ficou na posição de número 81. Como justificativa dos analistas pesou na nota os desempenhos mais baixos do mundo. Entre os quais: o quarto pior do mundo em reciclagem e o nono pior em emissão de gases do efeito estufa.
Plástico nos oceanos
Em relação ao lançamento de plástico nos oceanos e a perda de cobertura florestal também preocupam. É o que explica o cientista ambiental Alexander de Sherbinin, da Universidade Columbia, que participou do estudo:
“O Brasil ficou em 114 entre os 180 países em perda florestal. O Cerrado e os manguezais também estão desaparecendo rapidamente. Há o corte de árvores e os horríveis incêndios florestais que consumiram grandes áreas da Amazônia. É difícil afirmar com certeza que exista uma correlação direta com as políticas ambientais do governo, mas posso dizer que o país não está indo na direção certa.”
Recursos para subir no ranking
Por fim, Sherbinin afirma que o Brasil possui recursos para subir no ranking:
“O Brasil tem tremendos recursos renováveis e poderia se beneficiar de investimentos nessa área. É preciso despertar o alto escalão do governo para o fato de que a Amazônia é um recurso global. Claro que pertence ao Brasil, mas é um patrimônio que deveria ser passado para as futuras gerações.”
*Foto: Reprodução