Ampliação no setor de serviços tem demanda forte agora no Brasil
Uma das atividades da economia que mais se destacou no mês de outubro no Brasil foi o de serviços. Prova disso é que o segmento ganhou impulso da demanda nos últimos três meses. E tudo isso apesar de o cenário inflacionário tenha pesado. É o que revelou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
Ampliação no setor de serviços
Em outubro, o PMI de serviços brasileiro subiu a 54,0 de 51,9 em setembro, de acordo com a pesquisa da S&P Global. Sendo assim, o setor atingiu o patamar mais forte desde julho graças ao aumento no volume de novos pedidos. A marca de 50 separa crescimento de contração. Além disso, segundo a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima:
“Houve sinais de recuperação no setor de serviços brasileiro à medida que avançamos para o final de 2022, com a demanda mostrando uma resistência considerável apesar de outro aumento nos custos de produção.”
E ainda disse que depois de três meses seguidos de desaceleração, o levantamento PMI sinalizou maior ampliação em novos negócios e na produção.
Demanda mais forte nos últimos três meses
Contudo, a força da demanda, junto à conquista de novos clientes e eventos maiores, foram citados como motivos para a recuperação das vendas. Sendo assim, houve uma influência de todos esses fatores na criação de vagas de trabalho e, consequentemente, o emprego aumentou pelo 17º mês consecutivo, a uma taxa acentuada que superou a registrada em setembro.
Volume da atividade maior até outubro de 2023
Pesou também o fato que entre os prestadores de serviços o volume da atividade de negócios será maior até outubro de 2023.
O nível geral de confiança ficou em outubro acima da média histórica, fundamentado por investimentos, esforços de marketing, oferta de novos serviços e estabilidade política após as eleições.
Por outro lado, o ponto negativo veio da inflação. Neste caso, os gastos operacionais continuaram aumentando. Porém, a redução dos custos de energia e combustíveis ajudou a taxa de inflação geral a cair para o nível mais baixo em 26 meses.
Entretanto, ao contrário da tendência dos preços de insumos, houve reaceleração na taxa de inflação dos preços cobrados, uma vez que as empresas procuraram transferir os recentes aumentos de custos para seus clientes.
Setor privado
Por fim, a força do setor de serviços impulsionou também o índice de produção do setor privado brasileiro. E isto compensou a perda de força da indústria em outubro.
Com isso, o PMI Composto do Brasil subiu a 53,4, de 51,9 em setembro, que havia marcado o nível mais baixo em oito meses.
Os dados foram coletados entre 12 e 26 de outubro de 2022.
*Foto: Reprodução