Brasileiras que estudam Amazônia e chilena que pesquisa plantio em Marte estão entre as 25 mulheres cientistas de destaque que já na terceira edição
Embora as mulheres representem a metade da população mundial, elas são menos de 30% dos pesquisadores científicos e apenas 35% dos que buscam o ensino superior em STEM, sigla que designa o campo do conhecimento composto por ciências, tecnologia, engenharia e matemática (do inglês science, technology, engineering and mathematics).
Sendo assim, com o propósito de enfrentar esse desequilíbrio de gênero, que limita as possibilidades de inovação e de novas perspectivas para solucionar desafios atuais e futuros, a multinacional 3M, que produz desde semicondutores, nanomateriais, até os famosos post-its, divulgou a 3ª edição do prêmio “25 Mulheres na Ciência América Latina”.
E nesta edição, brasileiras que estudam Amazônia estão entre os destaques. No total, são oito mulheres que promovem e desenvolvem projetos científicos.
Brasileiras que estudam Amazônia
Além disso, cinco dentre elas desenvolvem pesquisas em meio ambiente e sustentabilidade, incluindo a região amazônica.
Já as cientistas internacionais que exploram expandir o conhecimento sobre o ambiente natural e a origem da vida, destaca-se a chilena Andrea Barrera que pesquisa a possibilidade de cultivo vegetal em Marte.
Destaques em meio ambiente no Brasil
Valéria Vidal de Oliveira – Florianópolis, SC
O que pesquisa: Desenvolvimento de tecnologia de purificação do ar, já patenteada, que promove como efeito colateral a redução drástica ou a eliminação total de sintomas de síndromes respiratórias como gripes, COVID-19, sinusite ou rinossinusite, bronquite e pneumonias, entre outras doenças.
Caroline Maria Bezerra de Araujo – Jaboatão dos Guararapes, PE
O que pesquisa: Projeto sobre hidrogel à base de grafeno e ágar feito para uso em coluna de adsorção, fenômeno físico-químico no qual o componente em uma fase gasosa ou líquida é transferido para a superfície de uma fase sólida, podendo contribuir para a despoluição ambiental.
Bárbara Maria Ribeiro Guimarães de Oliveira – Fortaleza, CE
O que pesquisa: Projeto sobre a produção de painéis OSB (Oriented Strand Board; chapas feitas com um material super-rígido, estável e resistente a impactos) a partir de fibra de bambu com adição de nanopartículas de celulose de mamona em substituição aos adesivos tradicionalmente usados na indústria do painel, que é altamente tóxico para a saúde humana.
Larissa Anjos – Manaus, AM
O que pesquisa: Desenvolvimento de pesquisa sobre o acesso geográfico à saúde em ambientes anfíbios da Amazônia Brasileira. O estudo tem por objetivo realizar um levantamento socioambiental da área e propor possíveis soluções de acesso à saúde para as populações tradicionais da região.
Renata Libonati – Rio de Janeiro, RJ
O que pesquisa: Criação de sistema de alerta rápido de queimadas e incêndios florestais por meio de satélite — sistema aliado contra a destruição de dois refúgios da biodiversidade brasileiros: a Amazônia, maior floresta tropical do planeta, e o Pantanal, considerada a maior área alagável do mundo.
Áreas de conhecimento diversas
Por fim, demais brasileiras com projetos em áreas de conhecimento diversas:
Dominique Rubenich – Porto Alegre, RS
O que pesquisa: Desenvolvimento de software com base em Machine Learning (Aprendizado de Máquina) para criar testes de câncer de baixo custo e amplo acesso, além de novas frentes de prognóstico e detecção precoce.
Giana Lima – Pelotas, RS
O que pesquisa: Criação de composições odontológicas, sistemas adesivos, selantes, e compósitos com ação antimicrobiana.
Patricia Severino – Aracaju, SE
O que pesquisa: Estudos sobre curativo com liberação rápida de anestésico e controlada de antibiótico nanoparticulado para controle imediato da dor, cicatrização e atividade antimicrobiana para lesões crônicas infectadas.
*Foto: Reprodução/Unsplash (Ivars Utinãns)